Geralmente, meus domingos são
regados a Alice. Um banho de cor e de afeto que saem do regador, desse regador
iluminado. Arco-íris de pura alegria que chama a minha semana para o ânimo e a
disposição, pois eu preciso de. Acredito que ela já tenha percebido que não há
maravilhas neste mundo cruel em que vivemos. Alice sabe que, embora seja dura a
verdade, ela tanto bate até que fura, e nós podemos sorrir no domingo, cuja
propriedade talvez seja fictícia. Num domingo descansa-se e descascam-se os
dias úteis. O domingo é sagrado, dizem, e dorme-se o que faltou. O começo da
semana penosa, quando a areia fina bate no sino, e Alice pronuncia suas
palavras à moda do Cebolinha. O domingo é um momento de transfusão de energias
entre Alice e eu, nesse sentido – dela pra mim. Porque no país dela eu quero morar
eternamente, onde todas as coisas são mais simples do que imaginamos. Quer
dizer, no país da imaginação de Alice, as maravilhas podem ser detalhes
pequenos de um domingo, um domingo que é, aparentemente, como qualquer outro.
Mas, em se tratando de domingo, a presença da felicidade, simples como ela deve
ser, é sempre certa com Alice.
que beleza!
ResponderExcluirDe volta, hem?
ResponderExcluirA sensação de ler um texto seu nesse suporte nostalgiou minha noite.
Desde Mot de femme, isso aqui é pura nostalgia. Estou aqui pra incentivar a volta de todos. Vamos?
ExcluirA Hanne podia voltar com o blog dela, né? Tão bonitinho...
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