domingo, 28 de outubro de 2012

domingo pede cachimbo com sorriso


Geralmente, meus domingos são regados a Alice. Um banho de cor e de afeto que saem do regador, desse regador iluminado. Arco-íris de pura alegria que chama a minha semana para o ânimo e a disposição, pois eu preciso de. Acredito que ela já tenha percebido que não há maravilhas neste mundo cruel em que vivemos. Alice sabe que, embora seja dura a verdade, ela tanto bate até que fura, e nós podemos sorrir no domingo, cuja propriedade talvez seja fictícia. Num domingo descansa-se e descascam-se os dias úteis. O domingo é sagrado, dizem, e dorme-se o que faltou. O começo da semana penosa, quando a areia fina bate no sino, e Alice pronuncia suas palavras à moda do Cebolinha. O domingo é um momento de transfusão de energias entre Alice e eu, nesse sentido – dela pra mim.  Porque no país dela eu quero morar eternamente, onde todas as coisas são mais simples do que imaginamos. Quer dizer, no país da imaginação de Alice, as maravilhas podem ser detalhes pequenos de um domingo, um domingo que é, aparentemente, como qualquer outro. Mas, em se tratando de domingo, a presença da felicidade, simples como ela deve ser, é sempre certa com Alice.

4 comentários:

  1. De volta, hem?
    A sensação de ler um texto seu nesse suporte nostalgiou minha noite.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Desde Mot de femme, isso aqui é pura nostalgia. Estou aqui pra incentivar a volta de todos. Vamos?

      Excluir
  2. A Hanne podia voltar com o blog dela, né? Tão bonitinho...

    ResponderExcluir