Em tempos de carnaval, é bom sambar com a linguagem. O primeiro poema dessa série é invenção antiga, mas ainda vale:
Samba-poema I
Chegou devagar, essa moça, a dançar
pedindo um aperitivo qualquer lá no bar
e na barra da saia rodada, essa mulher
de fiel namorada, na levada, deu pontapé
pedindo um aperitivo qualquer lá no bar
e na barra da saia rodada, essa mulher
de fiel namorada, na levada, deu pontapé
Desce a ladeira, a danada, colar no pescoço
sorriso de canto, pulseira no pulso, cantada
samba de beira, brinco na orelha, beirada
sorriso de canto, pulseira no pulso, cantada
samba de beira, brinco na orelha, beirada
E na vida ela vai, tanto quanto volta...
E na vida ela vai, tanto quanto volta...
E na vida ela vai, tanto quanto volta...
A moça caminha e desfila no passo da esquina,
mascando chiclete de tangerina, sem hora pra chegar
salto alto, meia fina, então é brasileira
a curva de um lado, de outro, para um olhar
mascando chiclete de tangerina, sem hora pra chegar
salto alto, meia fina, então é brasileira
a curva de um lado, de outro, para um olhar
Agora, sobe esse morro num único decote
a mesma mulher faz tudo o que pode
retoca o batom, ouve o pandeiro e, se bobear, morde.
a mesma mulher faz tudo o que pode
retoca o batom, ouve o pandeiro e, se bobear, morde.
E na vida ela vai, tanto quanto volta...
E na vida ela vai, tanto quanto volta...
E na vida ela vai, tanto quanto volta...
(autoria minha, com todos os direitos reservados)
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